Bem Vindo ao Meu Mundo Estranho... aqui você não vai encontrar nada que tenha que fazer sentido... pois esta é uma manifestação do meu consciente/inconsciente... id, ego e superego... das minhas alegrias, meus medos, incertezas, loucuras e travessuras... afinal... me disseram que a beleza esta no caos...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Contos - Depois das malas...

Thereza não sentia o chão sob seus pés. Nada fazia sentido e por pouco não foi ao chão devido a vertigem. Olhava ao seu redor e tudo estava como sempre estivera. Tirando pequenos detalhes e a ausência de Olavo. Ele não dava notícias a 2 semanas e convencera o zelador a abrir seu apartamento. Não estava revirado, não estava arrumado, estava como sempre estivera. Sua foto na cabeceira da cama não existia mais. A única coisa que realmente faltava ali. O cheiro de Olavo ainda por toda parte... na roupa jogada na cadeira... no aparelho de barbear encima da pia... tudo como da última vez que dormira ali... Aquela noite inesquecível onde Olavo agira como se fosse a última vez... e parecia que fora. Lembrava do primeiro dia em que o vira no metrô e nem acreditava que trabalhavam no mesmo prédio... de quando começaram a almoçar juntos no restaurante simples a 2 quadras do trabalho... Nada mais fazia sentido... Pensara ter encontrado o homem de sua vida... pensara viver o amor que tanto esperara... pensara esta no céu... E agora o chão faltava sob seus pés. Será que tinha sido seqüestrado, que estava ferido em algum lugar... morto... No fundo preferia pensar em qualquer uma destas hipóteses... mas no fundo... la bem no fundo... sabia que ele apenas tinha partido... que tinha de sua forma se despedido... que a tinha deixado... como a tudo naquele apartamento... como a tudo naquela vida... Como pudera deixa tudo para trás? Como pudera não dizer nada? Como pudera simplesmente partir? Como pudera deixa-la para trás?

10 comentários:

˙·٠•● ѕεறிoτιvo ◦ disse...

=/
Nostálgica...*

Sei exatamente como thereza se sente. Acabar com um amor que não soube nem se despedir é a pior maneira de dar a volta por cima.
Mas como diz Charlie Chaplin: "Nada é permanente neste mundo cruel, nem mesmo os nossos problemas."
Grande beijo Mila, postagem linda! ^^

Ray

Anônimo disse...

Mila, sei como Thereza se sente também.
Por isso não confio em ninguém.

Adorei seu post.

Beijão

Renata Silva disse...

a dor do inconformismo é a maior... eu entendo.
f***

Anne disse...

Pelamor, tá inspirada a minha mana, heim?Lindo,lindo,lindo...mesmo triste, maravilhoso esse texto, mana!

Pois é...já vi mtos "olavos" entrarem e saírem da minha vida, mas felizmente até hj consegui lidar bem com perdas e ganhos...rs. As vezes eu envergo, mas sempre sem quebrar. Logo me lembro de quem sou e volto a viver feliz como sempre.

Nem se preocupa, maninha...estou numa fase meio reflexiva, mas nada que não seja normal de vez em qdo. Logo vc vai ver a mana aqui 200%, como sempre, só falando abobrinha pra ti no skype...rs

Aliás, obrigada por tudo, vc tem sido preciosa e insubstituível sempre, eu te amo muito por isso, pela sua amizade e pelo apoio que sempre me dá. Graças a Deus que tenho anjos como vc e Flavinha no meu caminho...

Amo-te ontem, hoje e sempre!
Beijos da mana

Antonio Ximenes disse...

Mila.

Você construiu uma imagem de desespero.

Mas.

Senti que esse momento de intensa tristeza deixou reticências.

Será que devemos aguardar um próximo capítulo !???

Thereza não irá investigar ?!!?

Como sempre... um belo texto.

Abração forte procê.

Ciça. disse...

Eu estou mais pra Olavo do que pra Tereza...


:*

BABI SOLER disse...

A pior parte deve ser encarar os vestigios de Olavo.

Um beijo

Lua disse...

Não é tao impossivel saber de Olavo... mas a sensaçao de Thereza eu sei muito bem qual é.

Beijos e aparece moça

Jeniffer Santos disse...

são escolhas...todos tem direito de fazê-las ^^

beijos!

Flávia disse...

como pudera deixá-la para trás.

Sabe que eu me pergunto isso todos os dias?

Nem morto, nem ferido, nem sequestrado... apenas ido, de vontade própria e irresoluta.

Ah, esses Olavos.

amo vc muitão.

Beijo!