Contos - A mala vazia...
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Abriu os olhos aos poucos... ainda não conseguia entender direito tudo o que acontecera. Tudo parecia misturado e confuso... como tudo em sua vida. Olhou ao redor e não reconheceu onde estava. Logo se deu conta do soro em seu braço e das paredes frias de um hospital. Olhou para os lados e viu outras camas... outras pessoas... e nada daquilo lhe dizia... Tentou encontra sentido, tentou dizer alguma coisa e só sentiu dor. Nem sabia de onde vinha, mas sabia que ha sentia. Aos poucos foi olhando para si mesma e começou a lembrar daquilo que nunca iria esquecer.
As lágrimas foram brotando aos poucos de seus olhos e logo já estava aos soluços. Sentia desespero... sentia dor, muita dor, uma dor física... mas não era o físico que realmente doía. Uma enfermeira se aproximou e rápido para ver o que acontecia. Dizia qualquer coisa que Thereza não conseguia entender... nem queria... Ela verificou a papeleta e devia ter dito que ficasse calma que o médico logo vinha... e até veio. Com uma cara que não dizia nada, disse de chofre que Thereza estaba bem, que precisaria de muito repouso, que a curetagem fora bem sucedida e que algum familiar precisava cuidar das tais "formalidades" e "procedimentos legais". Thereza que mal conseguia compreender nada, depois disso caiu num abismo imenos de dor. Nem ouviu o médico dizer que estava "de alta" e que podia ir em bora.
Ir embora... Tudo na vida de Thereza parecia insistir em ir embora... sem dizer... avisar... Thereza que vinha de um sonho ia agora embora para mais um pesadelo. Como se não bastasse não ter mais Olavo... Iria embora sem um pedaço. Com um gosto amargo que nunca sairia de sua boca. Iria embora sem seu mundo nos braços. Um mundo que era só seu. Um mundo que parecia perfeito. Thereza iria embora sozinha... com o coração cheio de dor e desespero... de mala vazia...
As lágrimas foram brotando aos poucos de seus olhos e logo já estava aos soluços. Sentia desespero... sentia dor, muita dor, uma dor física... mas não era o físico que realmente doía. Uma enfermeira se aproximou e rápido para ver o que acontecia. Dizia qualquer coisa que Thereza não conseguia entender... nem queria... Ela verificou a papeleta e devia ter dito que ficasse calma que o médico logo vinha... e até veio. Com uma cara que não dizia nada, disse de chofre que Thereza estaba bem, que precisaria de muito repouso, que a curetagem fora bem sucedida e que algum familiar precisava cuidar das tais "formalidades" e "procedimentos legais". Thereza que mal conseguia compreender nada, depois disso caiu num abismo imenos de dor. Nem ouviu o médico dizer que estava "de alta" e que podia ir em bora.
Ir embora... Tudo na vida de Thereza parecia insistir em ir embora... sem dizer... avisar... Thereza que vinha de um sonho ia agora embora para mais um pesadelo. Como se não bastasse não ter mais Olavo... Iria embora sem um pedaço. Com um gosto amargo que nunca sairia de sua boca. Iria embora sem seu mundo nos braços. Um mundo que era só seu. Um mundo que parecia perfeito. Thereza iria embora sozinha... com o coração cheio de dor e desespero... de mala vazia...
9 comentários:
:'(
nossa, que trsite...
thereza perdeu seu filho?
=/
Realmente triste!
Bah, mana...agora fiquei até sem palavras. Deu uma peninha aqui de Thereza, o bbzinho era o que confortava um pouco o coração dela...fiquei triste!
Espero que a vida pare de jogar tantas provas no caminho dela e que ela fique bem, que comecem as coisas boas no meio de tanto caos!!!
Ve se ajuda Thereza aí, manaaaaaaa
rsrsrsrs
Bjos, amo-te
E já to imaginando uma continuação mais feliz, olha lá heim???
triste demais. gostei
Mundos perfeitos não existem. Especialmente para uma mulher que acaba de perder um filho.
Um abraço
Linda
Primeiramente, muito obrigada pela força, pelas suas palavras de carinho lá no Amores. Me deu a maior força pra rearranjar minhas prioridades e arrumar um tempinho pré estipulado para Blogar sem culpa!
Olha, vc escreve lindamente bem. Seus textos são contos...contos muito bonitos, que favorecem o exercício da imaginação de cada um! Acho que peguei assim o espírito da coisa.Me corrija se estiver errada!
Simplesmente AMO seus contos.
Fiquei muito sensibilizada pela história de Tereza...Pobre mulher...Sou mãe e te digo: A própria morte deve ser melhor que perder um filho!
Bj imenso
Mila.
As coisas apertaram aqui na senzala e... por causa disso... não apareci mais para te fazer uma visita.
Pois bem.
Cá estou.
Passei para te dar um abraço.
Quanto ao texto.
Pelamordedeus... que coisa triste.
Não penso na morte e nem quero que ela pense em mim... rs.
Abração forte pra tu.
Lindo. Triste. Talvez só eu saiba quanta dor Thereza sentiu, sente...
bjos,
Paola.
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