Diário de Bordo - Passando a régua...
Este ano de 2008 não foi fácil. Posso afirmar que foi um dos anos mais difíceis da minha vida, se não o mais. Mas, como tudo na vida, é preciso passar a régua, olhar direitinho o saldo, olhar tudo o que foi e não foi bom.
Neste ano perdi coisas que nunca mais vou recuperar. Ou se você preferir, este ano ganhei um anjo que não pretendia ganhar. Isso mudou profundamente a minha vida e a mim mesma. Dizem que é pra isso que as coisas acontecem... Pensei, realmente, que tudo seria mais complexo do que é, mas a vida tem seus caminhos e vai tornando tudo como tem que ser... afinal... a vida não para...
Descobri que amigos vem e vão... e que o que realmente importa é saber que algo estão trazendo... mesmo que levem algo muito importante depois... E que cada um tem seu momento... e que as pessoas nem sempre estão preparadas para te dar o que você precisa... ainda mais quando você insiste em não gritar e pedir... Aprendi é preciso respeitar o outro... mesmo que não fazendo a mínima idéia do porque as pessoas fazem o que fazem... Mas a vida é delas... A sua é só sua... E assim vai... Descobri que o passado passou... e que tentar encaixa-lo no presente é uma bobagem... Aprendi que não posso obrigar ninguém a nada... nem ser obrigada a nada... sobretudo quando esta obrigação vai contra o que no fundo você sente...
Este ano no trabalho foi turbulento... tive que lutar muito e sei que ainda vou lutar mais. Conquistei coisas que não imaginava mais em minha vida e realmente me emocionei com os resultados de tanto esforço. Entendi que as vezes vale a pena sofrer... que nada vem por acaso... que nem tudo são flores... e nem espinhos... que nada que esteja ruim não possa piorar... mas tudo sempre pode surpreender e ser muito, mas muito melhor...
Assim, olhando 2008 sem nenhuma paixão, sou obrigada a dizer que não foi um ano tão ruim. Tive momentos bem baixos... e muitos momentos altos. Conheci e me aliei a pessoas incríveis. Perdi outras por motivos diversos... Dizem que amadureci. Não plantei árvore... apenas alecrins... escrevi um capítulo de um livro... não tive um filho.... Conheci novos horizontes... deixei velhos horizontes para trás... Escrevi na areia da praia... Deixei lá uma lágrima também...
Agradeço que este ano esteja finalmente terminando. Não poderei enterra-lo ou esquece-lo.
Mas tenho planos pro novo ano... planos que eu não tive pra este. Este ano, eu abdiquei de fazer planos... e planejamento é essencial. Não porque a vida tenha que sempre estar numa caixinha... mas porque as surpresas também vem nela....
Este ano quero desfrutar... com o coração mais leve... quem sabe saído do reino de gelo e entrando na era das águas... onde tudo flutua... onde tudo conflui... onde tudo é tudo...
Este ano quero frutos... doces e diversos... cerejas, morangos, abacates, goiabas, bananas e maracujás...
Este ano quero ser mais... coerente, complacente, inteligente, contente... quero mais alegria, leveza, tranquilidade, agitação, sabedoria, conquista, dinheiro, saúde, harmonia, amor, felicidade, prosperidade, serenidade, espiritualidade, conhecimento...
Este ano quero mais livros, ler livros, ver filmes, cinema, teatro, shows... Cumprir promessas... Conhecer lugares, conhecer pessoas, rever pessoas... Quero perdoar e ser perdoada. Levar e encontrar felicidade. Quero perto a minha família, meus amigos, tudo isso que faz sentido na vida.
Este ano novo... quero tudo novo... de novo... transmutar tudo e transformar... Ser... e não apenas estar...
Quero tudo isso pra mim... e pra vocês... que me acompanharam... leram... sorriram... gargalharam ou se entediaram comigo neste 2008. Não sei o que será de 2009... se este mundo estranho ainda vai existir... Só sei que quero... e que posso... E quero que vocês tenham tudo o que houver de melhor... E que eu possa ser tudo o que realmente desejo e preciso ser!
Até 2009 meus caríssimos!!! Amo vocês, obrigada por tudo!!, aos que estiveram comigo nos bons e nada bons momentos. Aos que me fizeram rir e sorrir... Ao que me preocuparam e me ocuparam... a Todos, enfim!
Cambio Desligo