Contos - A próxima mala....
Passava a lâmina mais uma vez. Quase esquecera como usar o aparelho de barbear. Aquilo que era um hábito seu de anos, tiravera esta pausa de meses... onde a incomoda barba crescera e tornara seu rosto mais velho... mais duro... menos seu.... Agora voltava a se ver no espelho... a ver o eu que procurava todo este tempo. Jogou agua no rosto para tirar o resto da espuma, e fez questão de passar a loção pós barba, só para sentir seu cheiro e ter certeza de que voltara. Ardeu bastante, mas foi até gostoso. Voltava pra casa, voltava pra sua vida... por hora.... De toalha saiu de banheiro e viu a pasta sobre a mesa e o envelope do sedex ao lado. Ali estava sua nova vida... Mas ainda não era hora disso... agora poderia curtir ser quem era por um tempo antes de se preocupar. Tinha apenas que destruir os vestígios daquela passado recente e sentir-se livre.
Pegou a pasta e abriu. Alia estavam os documentos de Olavo, os relatórios e as instruções de como Olavo deveria ser e agir. Aquilo não lhe pertencia mais. Certamente não sentiria saudades nenhuma da vida daquele pobre cidadão. Destruiu com gosto os documentos que provavam que Olavo um dia existira... olhou a foto no registro de identidade e não via mais que um estranho ali... barbudo... cabelo desgrenhado... cara amassada... Aquilo não lhe pertencia mais. O último papel que encontrou foi um guardanapo, destes de boteco. Nele o nome de Thereza e seu telefone. Lembrava como se fosse hoje o dia em que a conhecera... a mulher mais linda que poderia imaginar... e sentiu uma ponta de remorso... partira da vida de Thereza sem deixar rastro... sem deixar notícia... sem deixar adeus... Aquela vida era só mais um trabalho, mas Thereza não fizera parte deste... fazia parte dele... e quase sentiu seu cheiro quando fechou os olhos. O dossie era taxativo, nenhum rastro, nenhum envolvimento... mas Thereza não era uma mulher que se pudesse deixar passar... deixar para tras....
Pegou o guardanapo e guardou na gaveta. Estava quebrando regras. Estava de coração quebrado. Despois decidiria o que fazer.
Pegou a pasta e abriu. Alia estavam os documentos de Olavo, os relatórios e as instruções de como Olavo deveria ser e agir. Aquilo não lhe pertencia mais. Certamente não sentiria saudades nenhuma da vida daquele pobre cidadão. Destruiu com gosto os documentos que provavam que Olavo um dia existira... olhou a foto no registro de identidade e não via mais que um estranho ali... barbudo... cabelo desgrenhado... cara amassada... Aquilo não lhe pertencia mais. O último papel que encontrou foi um guardanapo, destes de boteco. Nele o nome de Thereza e seu telefone. Lembrava como se fosse hoje o dia em que a conhecera... a mulher mais linda que poderia imaginar... e sentiu uma ponta de remorso... partira da vida de Thereza sem deixar rastro... sem deixar notícia... sem deixar adeus... Aquela vida era só mais um trabalho, mas Thereza não fizera parte deste... fazia parte dele... e quase sentiu seu cheiro quando fechou os olhos. O dossie era taxativo, nenhum rastro, nenhum envolvimento... mas Thereza não era uma mulher que se pudesse deixar passar... deixar para tras....
Pegou o guardanapo e guardou na gaveta. Estava quebrando regras. Estava de coração quebrado. Despois decidiria o que fazer.
12 comentários:
Vou ficar na torcida pra ele ligar!
Bjm
Excelente trabalho, Mila, mesmo excelente.
Parabéns
adorei
Gosto muito desse tipo de narrativa. Estou de volta!
Bjinhos!
ai, meu Deus.
Eu, no post anterior, tinha ficado p. da vida com o Olavo. Agora deu até uns laivos de compreensão... ai, que ÓDIO desse coração de maria-mole!!
Beijos, amo-te, irmã!
Fiz uma pausa, deletei os blogs e voltei com novo endereço.
Espero por ti. =)
Um beijo.
... legal,
adorei esse seu estranho mundo.
Muito gostoso o texto de ler;
b.e.i.j.o.s.
Engraçado o Olavo...
Adorei.
beijão
Adorei o texto.E o blog tbm!!!
Sucesso aí.
P.S.: Fiquei curiosa pra saber o q ele decidirá...rs
bjs :)
Sempre quis ser um desses agentes de filme, agora não quero mais =/.
Não deve ser nada facil abandonar a cada missão toda uma vida que voce construiu. Ter que viver o que os chefes decidem por voce e tals...
Adorei o seu post, meus parabens!
Tem continuação? se tiver me avisa
Beijjooss!
0o
Filosofando*
Pois é... e qual deve ter sido o pensamento de Thereza? Como ela deve estar agora?
Sempre quiz ser onisciente a tudo... difícil lidar com esta vontade...
Texto maravilhoso. Adoro histórias não terminadas, apenas induzidas. Gosto muito =)
Abraço
Ray
Etaaaaaa, agora que entendi pq ele se mandou até dá pra desculpar o cara...rs. Mana, que virada, heim? To adorando essa saga de Olavo e Tereza...tá bom demais isso!!!
Quando eu crescer quero ter o seu talento na escrita...rs
Mana, amo vc do fundo do coração! Beijos
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