Contos - Apenas a bolsa...
Olhava pela janela do ônibus a paisagem... a cidade passava por seus olhos e na verdade não via nada... nada além daquele quarto vazio... vazio de Olavo. Tudo estava lá, menos ele... que não saia um segundo sequer de seus pensamentos. Não sentia nada, nem mesmo o quanto apertava sua bolsa em seus braços, entre os solavancos do ônibus.
Perguntava-se agora como pudera ser tão ingênua. Como pudera não ter percebido os sinais? Onde eles estavam? Porque ninguém some assim sem dar pistas antes. Teria sido mais honrado da parte dele ter terminado tudo, dizer que não gostava mais dela. Mas nem isso tinha merecido. Olavo sempre fora um tanto reservado, apesar de gentil e carinhoso.
Algo nela começava a desencantar... como se aquele veuzinho do encantamento, que nos toma os olhos quando estamos apaixonados, deixou seus olhos naqueleintante... abriu espaço para os sentidos como eles são e Thereza pode ver agora as coisas como sempre foram... em seus tons e intensidades, coisas que não vias antes pelo filtro em seus olhos encantados....
Lembrava claramente quando o conhecera naquele barzinho. Ele se destacou na multidão... era assim que sempre o via... como alguem que nunca se funde na multidão. Notou seus olhos gulosos rapidamente... sentiu um arrepio bom passando por seu corpo... era como se tivesse encontrado quem sempre procurara... e agora... naquele ônibus com destino a lugar nenhum... voltava sua busca... porque Olavo não existia mais para ela... e teria que se acostumar novamente com a solidão.
Perguntava-se agora como pudera ser tão ingênua. Como pudera não ter percebido os sinais? Onde eles estavam? Porque ninguém some assim sem dar pistas antes. Teria sido mais honrado da parte dele ter terminado tudo, dizer que não gostava mais dela. Mas nem isso tinha merecido. Olavo sempre fora um tanto reservado, apesar de gentil e carinhoso.
Algo nela começava a desencantar... como se aquele veuzinho do encantamento, que nos toma os olhos quando estamos apaixonados, deixou seus olhos naqueleintante... abriu espaço para os sentidos como eles são e Thereza pode ver agora as coisas como sempre foram... em seus tons e intensidades, coisas que não vias antes pelo filtro em seus olhos encantados....
Lembrava claramente quando o conhecera naquele barzinho. Ele se destacou na multidão... era assim que sempre o via... como alguem que nunca se funde na multidão. Notou seus olhos gulosos rapidamente... sentiu um arrepio bom passando por seu corpo... era como se tivesse encontrado quem sempre procurara... e agora... naquele ônibus com destino a lugar nenhum... voltava sua busca... porque Olavo não existia mais para ela... e teria que se acostumar novamente com a solidão.
7 comentários:
É ruim despedir-se de qqr coisa... dar adeus é um aprendizado eterno!
O véu do encantamento não dura toda a vida, temos que aprender a lidar com o que vem depois dele... e respeitar tempos e espaços!
Adorei o texto...
Uma linda semana...
Se tiver um tempinho, Conheça também... http://www.mentesfemininas.blogspot.com
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Mila, chega uma hora que o véu cai e temos que continuar.
Amei seu texto como sempre.
Beijão
Mila.
Estou aqui também... acompanhando a novela.
Me sinto como se estivesse no sofá de casa... com uma latinha de coca-cola... e um prato com dois sandubas de queijo.
Esperando pelas cenas dos próximos capítulos.
Abração forte pra tu.
Quando algume parte,...é porque um novo alguem vai chegar
Ahhhhhhhhhhhhhh, que ódio quando o blog come o meu comentário. Tava tão legal, que coisa feia isso!!!!
Bom, eu praticamente senti a dor de Thereza agora...ô coisinha doída, Mila!!! Que triste isso!!! Espero que ela fique bem logo...
Aliás, estou adorando essa história, esperando (dando pulinhos) pelo próximo capítulo, avisa quando terminar senão eu fico esperando continuação...hahahaha
Mto bom, mana!
Bjos pra vc,
amo-te
(agora a besta aqui lembra de salvar o coment antes de enviar...)
sumir é uma baita atitude covarde
Sempre assim foi e irá continuar. Há os que partem e os que ficam. Se assim não fosse, as palavras adeus, até logo e volto já, não teriam razão de existir.
Por isso, temos que felicitar quem parte e quem fica. Os motivos devemos deixá-los passar. É que tudo passa. Queiramos ou não...
Parabéns.
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