Contos - Limiar da Sombra - II
Agora já era noite e pontos de luz brilavam no céu, como súditos da majestosa lua, que já tomava conta dos meus sentidos. Não havia mais possibilidade de volta. Era o inevitável mais uma vez tomando conta de mim.
Sai para a rua. O calor ainda era intenso, mas isso já não me causava desconforto. Era o cheiro no ar que guiava meu instinto. Meus pés tocavam o chão como que flutuando. Mas nem isso eu percebia. era apenas aquela necessidade corroendo minhas entranhas. Meus passos me levavam pelas ruas de movimento alucinante e meus olhos percorriam sagazes os espaços mais escuros. Aos poucos o ambiente ia mudando. Eu entrara no parque, onde as luzes eram mais esparsas e as sombras brincavam desenhos exóticos. O movimento era intenso e o cheiro de adrenalina se misturava ao de relva e ao do suor dos que buscam saúde ou beleza correndo pelo parque. Queimava mais do que nunca por dentro, buscando freneticamente a fonte do meu desejo e da minha perdição.
Continua...
Continua...
13 comentários:
Adorei. Amo as coisas que você escreve!
bjs, andrea
fiquei intrigado, não sei se flutuava por paixão, pro figa ou por alucinação... :-)
ta inspirada
ta parecendo uns livros q eu lia antes
cheio de misterios
bom fds!
Mila.
Eu li e tive minha primeira experiência fora do corpo físico... rs.
Abração forte.
Mila,
Incrível isso.
"Queimava mais do que nunca por dentro, buscando freneticamente a fonte do meu desejo e da minha perdição."
Tudo, tudo, tudo...
Beijos
"Era o cheiro no ar que guiava meu instinto. Meus pés tocavam o chão como que flutuando."
Como eu digo e [me]defino:
Pés no chão, cabeça nas nuvens e coração na poesia.
__________
Beijos, lindeza.
Um enigma, é simplesmente um enigma.
É um enigma, tão atraente e perigoso quanto os olhos e o coração de uma mulher.
Aguardo os proximos cápitulos.
Bjs!!!!!!!!!!!
EU QUERO
Estais na minha pele,
Mais profundo, em minha carne,
Nos meus ossos,
Tuas marcas, e eu não posso
E nem as quero tirar.
Estais pelo meu peito,
Mais profundo, dentro do meu coração,
Correndo pelo meu sangue,
Por isso não sou um doador.
Eu quero ter a tua boca dentro da minha
Como alguém que reanima
Um abortado do mar.
Eu quero ter os teus olhos dentro dos meus,
Quero cegar por inteiro,
Pelo lume do teu olhar.
Estais na minha cabeça,
Mais profundo, estais lá pelos neurônios,
Onde ninguém pode tocar.
Porque se tocam em ti, eu sairei
Direto, louco, para um hospital.
Eu quero ter meu corpo no teu,
Como uma abelha que entrou no seu lugar.
Um beijo
Naeno
Uau... quero ver onde isso vai dar!
bjm moça
Hmmm, estou ficando curiosa...
Beijinhos doces cristalizados!!! :o*
adorei o text, muito muito lindo... =)
também passei por aqui pra dizer que tem um presente pra ti lá no blog.
beijos!
Olá, to de volta só pra te avisar: tem três surpresinhas pra vc no meu blog. Qdo puder, confira!!!!
Bjos!!!!
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http://emlinhas.blogspot.com/
EM LINHAS...
Quando as palavras se tornam o nosso mais precioso divã.
Novo texto: Selos e Fernando Pessoa
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Ahhhhhhhhhh, até tu, Brutus???
Essa coisa de post em pedacinhos me queeeeeeebra...eu fico esperando a continuação, uixxx, q ansiedaaaaaaaade...
Aliás, Milinha, por onde andas q não te vejo mais??? Não me deixe nessa solidão, querida...rsrsrs
Bjokas, escreve logo essa continuação que estou com urticária já...rsrs
Bjos, amo vc!!!
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